Maioria da população culpa governo e PPI por alta dos combustíveis, revela pesquisa
Levantamento da FSB/BTG Pactual ouviu 2 mil pessoas, entre os dias 18 e 20 de março
A pesquisa de intenção de votos FSB/BTG Pactual, divulgada nessa segunda-feira (21) revela, entre outros assuntos, que a população está cada vez mais consciente dos motivos que levam à disparada no preço dos combustíveis.
Quando questionados sobre o maior culpado pelo aumento no preço dos combustíveis, 29% apontaram o governo como o grande culpado e outros 22% atribuíram os aumentos à política de preços da Petrobrás, o PPI, que por sua vez, também é determinada pelo governo.
No entanto, é preciso destacar que uma parcela considerável da população (21%) ainda repete a versão amplamente propagandeada pelo governo Bolsonaro de que a culpa é dos governadores, por conta dos impostos estaduais. Outros 18% apontam que a alta do preço do petróleo é provocada pela invasão russa à Ucrânia e 5% veem todos esses fatores como responsáveis.
A pesquisa ouviu 2 mil eleitores, no período entre 18 e 20 de março. O percentual de confiança da pesquisa, segundo o instituto, é de 95%.
O resultado é positivo e mostra que toda a divulgação que vem sendo feita pelos Observatório Social da Petrobrás e pelos sindicatos dos petroleiros tem surtido efeito.
Problema é o PPI
A pesquisa deixa claro que a maioria da população já entendeu que o PPI é o grande vilão nos preços. Assim como também sabe que a Petrobrás é uma empresa estatal e, por isso, Bolsonaro poderia mudar a política de preços, se quisesse.
Para o economista do Ibeps e do Observatório Social da Petrobrás (OSP), Eric Gil Dantas, ter a opinião pública favorável é uma vitória. “Essa parcela de 51% entre os que culpam o aumento dos preços dos combustíveis por conta do governo e do PPI mostra que a população não caiu nem no discurso do governo, que defende que a culpa é sempre dos outros, neste caso dos governadores, nem no discurso da mídia, que tenta empurrar a narrativa de que a culpa é dos preços internacionais e da guerra, e nada pode ser feito diante disto”, afirmou
Segundo ele, certamente iniciativas como a do OSP, além de outros conteúdos impulsionados pelos sindicatos de petroleiros tiveram papel fundamental na conscientização da população.
“Com o OSP pudemos mostrar nos maiores jornais do país os recordes de preços e linkar isso à política de preços que é decidida, em última instância, pelo presidente da República. Isso fez com que a população se conscientizasse e a opinião pública viesse para o nosso lado”, disse.
Ele também destaca positivamente o resultado de outra pesquisa recente, feita pelo PoderData, em setembro. “Na ocasião, a pesquisa feita em setembro, pelo PoderData, mostrou que a maioria da população é contra as privatizações (53%) e favorável à ideia de o governo continuar sendo dono das empresas estatais. Ou seja, quase toda a opinião reverberada pela mídia representa apenas uma minoria, que quer vender tudo o mais rápido possível. Por isso, é fundamental a continuidade de projetos como o do Observatório, que dão voz à opinião da maioria dos brasileiros, fornecendo subsídios técnicos para o debate público. Estamos no caminho certo!”, concluiu.
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